Para entender minha oposição à doutrina do Filioque, é importante saber o que ela é em primeiro lugar. De acordo com o Concílio de Florença, expresso na bula papal do Papa Eugênio IV Laetentur Caeli, é a crença de que
O Espírito Santo procede do Pai juntamente com o Filho, eternamente como de um princípio [...]; o Filho deve ser significado de fato como causa e princípio de subsistência [existência] do Espírito Santo, assim como o Pai... Declaramos que quando os santos doutores e os Padres dizem que o Espírito Santo procede do Pai pelo Filho, indicam que também o Filho deve ser significado, segundo os gregos como causa, e segundo os latinos como princípio da subsistência do Espírito Santo, exatamente como o Pai (Concílio de Florença, Sessão 6-6 de julho de 1439, Definição).A bula afirma que o Filho é a causa do Espírito Santo, no sentido grego do termo. Assim, a bula raciocina, quando os Padres Gregos escrevem que o Espírito “procede pelo [através do] Filho”, o que eles querem dizer com isso é que o Filho causa a subsistência/existência do Espírito Santo, “assim como o Pai”. Como veremos, a razão pela qual esta é uma questão tão grande, e porque esta foi a questão sobre a qual ocorreu o cisma entre Oriente e Ocidente, é porque tal crença é diretamente contrariada pelos próprios Padres Gregos que escreveram em detalhes sobre o tema.
Nota do Tradutor: o autor se refere a um episódio em que S. Teodoreto de Cirro criticou S. Cirilo por este ter supostamente ensinado que o Espírito Santo devia sua existência ao Filho. Disse Teodoreto: "Devemos confessar que o Espírito do Filho era Seu se ele fala dele como da mesma natureza e procedente do Pai, e aceitaremos a expressão como consistente com a verdadeira piedade. Mas se ele fala do Espírito como sendo do Filho, ou como tendo sua origem através do Filho, rejeitaremos essa afirmação como blasfema e ímpia. Pois cremos no Senhor quando Ele diz: 'O Espírito que procede do Pai' [João 15:26]" (Contra os anátemas de Cirilo).
Posteriormente, S. Cirilo esclareceu a questão, explicando sua doutrina: "Nem ainda permitimos que nós mesmos ou outros alteremos uma palavra do que está estabelecido, ou ultrapassemos uma só sílaba, lembrando-nos daquele que disse: Não removas os limites eternos que os pais estabeleceram [Prov. 22:28]; porque não eram eles mesmos os oradores, mas o Espírito de Deus Pai [Mat. 10:20, João 15:26], que procede de fato dEle [isto é, do Pai], mas não é alheio ao Filho em relação à Essência" (Carta 39 a João de Antioquia).
Teodoreto reagiu louvando S. Cirilo por ter explicado, entre outras questões (cristológicas), "que o Espírito Santo não é do Filho, nem deriva existência do Filho, mas procede do Pai, e é propriamente dito ser do Filho, como sendo de uma substância. Contemplando esta ortodoxia na carta, nós cantamos Àquele que cura nossas línguas gaguejantes e transforma nossos ruídos discordantes na harmonia de música doce" (Carta 171). Desse modo a questão foi resolvida.
“Eles [os latinos ortodoxos] mostraram que eles mesmos não fazem do Filho a causa do Espírito, pois eles sabem que o Pai é a única causa do Filho e do Espírito, um gerando e o outro por processão, mas mostram a progressão através dele e, portanto, a unidade da essência”.
Que esta posição contradiz a moderna posição católico-romano é ainda evidenciado pelo fato de que os latinos rejeitaram a Carta de São Máximo a Marino como base para a reunião no Concílio de Florença, embora fossem eles a apresentá-la em primeiro lugar, não percebendo que contradizia sua própria posição! (Para um tratamento extensivo deste tópico, veja Siecienski, cap. 4).
E também falamos do Espírito Santo como vindo do Pai, e o chamamos de Espírito do Pai. E não falamos do Espírito como vindo do Filho; mas ainda assim o chamamos Espírito do Filho. Pois se alguém não tem o Espírito de Cristo, ele não é nenhum de Seus [Romanos 8:9], diz o divino apóstolo. E confessamos que Ele é manifestado e comunicado a nós através do Filho […]. Todos os termos, então, que são apropriados ao Pai, como causa, fonte, gerador, devem ser atribuídos somente ao Pai; enquanto aqueles que são apropriados ao Filho gerado, causado, Verbo, poder imediato, vontade, sabedoria, devem ser atribuídos ao Filho; e aqueles que são apropriados ao poder causado, processional, manifestante, aperfeiçoador, devem ser atribuídos ao Espírito Santo. O Pai é a fonte e causa do Filho e do Espírito Santo: Pai do Filho sozinho e produtor do Espírito Santo. O Filho é Filho, Verbo, Sabedoria, Poder, Imagem, Refulgência, Impressão do Pai e derivado do Pai. Mas o Espírito Santo não é o Filho do Pai, mas o Espírito do Pai como procedente do Pai. Pois não há impulso sem Espírito. E falamos também do Espírito do Filho, não como procedendo dele, mas como procedendo por meio dele do Pai. Pois somente o Pai é causa (Uma Exposição Exata da Fé Ortodoxa, Livro I, Capítulo 8, 12).
De acordo com os Padres antes dele, São João ensina que a causação do Filho e do Espírito pertence somente ao Pai, e que o Espírito Santo “não procede do Filho”, mas procede “através dele”, o que significa que o Espírito é “manifestado e comunicado a nós por meio do Filho”. Que este ensinamento contradiz Florença é claro como o dia. Para o Padre grego São João Damasceno, o sentimento de Florença de que quando os Padres gregos usaram a frase “através do Filho” eles realmente queriam dizer “do Filho” em termos de causação é claramente falso. O que é significativo sobre isso é que São João não estava apenas inventando essa doutrina, mas acreditava firmemente que era a posição oficial da Igreja (a “Exposição Exata da Fé”, como seu trabalho era chamado), assim como aqueles cristãos ortodoxos depois dele.
Com tudo o que foi escrito acima, deve ficar muito claro por que o Oriente grego se opôs tão fortemente à interpolação latina do Filioque no Credo Niceno. No entanto, e quanto aos Padres ocidentais? No Ocidente, é verdade que existem vários Padres que parecem ensinar o Filioque, como os santos Agostinho, Hilário, Leão, Gregório Magno, etc., porém esses Padres nunca entraram em detalhes como os Padres orientais e, portanto, eles não foram tão precisos em definir a natureza exata da relação entre o Filho e o Espírito (ver Siecienski, cap. 3). O que quero dizer com isso é que, enquanto os Padres gregos como os santos Gregório, Cirilo, Máximo e João Damasceno entraram em grandes detalhes explicando o que exatamente significa a frase “o Espírito procede do/através do Filho” (ou seja, que se refere à consubstancialidade e unidade da essência, e não à causalidade atribuída ao Filho), os Padres latinos tendiam a simplesmente usar uma dessas frases sem realmente explicar em grande detalhe o que eles queriam dizer com isso.
Mais do que isso, porém, nota-se foi a teologia trinitária oriental que foi aceita nos Concílios Ecumênicos de I Constantinopla até a II Nicéia, e mesmo que alguns Padres ocidentais contradissessem os Padres orientais nesta questão (o que eu não acho que eles fizeram; veja o tratamento de Craig Truglia e Alura da pneumatologia de Santo Agostinho aqui e aqui), não há razão para exaltar os Padres ocidentais sobre os orientais; mas se o impulso for empurrado, há uma razão muito boa para escolher os últimos como a lente através da qual vemos os primeiros neste tópico específico, dado tudo o que foi explicado acima.
Agora que articulei totalmente a teologia patrística sobre a processão do Espírito Santo, gostaria de explicar por que acredito que o ensino ortodoxo sobre esse assunto é o mais coerente com a Sagrada Escritura. Para começar, vejamos com atenção os textos polêmicos clássicos usados nos debates sobre a processão do Espírito:
“Mas quando vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim; e também vós sereis testemunhas, porque estais comigo desde o princípio” (João 15:26-27).Agora, neste texto, o que precisamos prestar atenção é exatamente como nosso Senhor diz que o Espírito virá aos apóstolos, e o que Ele fará uma vez entre eles. Cristo diz que enviará o Espírito do Pai. O significado dessa linguagem é que ela explica o que Cristo quer dizer quando diz mais tarde:
“Mas em verdade vos digo, é para o vosso bem que vou embora. A menos que eu vá embora, o Consolador não virá até vós; mas, se eu for, vo-lo enviarei” (João 16:7).
Por que Cristo não pode enviar o Espírito aos Apóstolos até que Ele tenha ascendido ao seu Pai? Este é um ponto que será comprovado à medida que explorarmos os textos bíblicos, mas a resposta é esta: porque para que Cristo envie o Espírito, Ele deve ascender ao céu em Seu Corpo glorificado e receber o Espírito do Pai como verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, para que a enviasse aos seus Apóstolos. Isso é algo que está documentado no livro do Apocalipse (que dá uma visão dos céus da ascensão de Cristo):
“Então outro anjo pegou o incensário e o encheu com fogo do altar e o jogou sobre a terra; e houve trovões, vozes, relâmpagos e um terremoto”. (Apocalipse 8:5)Nesta passagem, e de fato em todo Apocalipse, “outro anjo” indica o Cristo encarnado, e o fogo que Ele tira do altar de Deus e joga sobre a terra é o Espírito Santo, um ponto esclarecido pela linguagem paralela em Apocalipse 4:5, "Do trono saem relâmpagos, e vozes e trovões, e diante do trono queimam sete tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus."
Como dito acima, isso ajuda a esclarecer por que a ascensão de Cristo foi necessária para que o Espírito Santo fosse enviado ao mundo, e por que nosso Senhor, no versículo inicialmente citado do Evangelho de São João, diz que o Espírito da verdade procede do Pai: porque é do altar do Pai que o Filho “toma o seu incensário e o enche” com o Espírito Santo, que Ele então lança sobre a terra. Em outras palavras, o Filho recebe o Espírito do Pai, o que O capacita a dar o Espírito aos Seus seguidores na terra.
Além disso, nesta mesma passagem, nosso Senhor continua dizendo que o Espírito da verdade, que procede do Pai, dará testemunho Dele, assim como os Apóstolos devem dar testemunho Dele, porque estão com Ele “desde o princípio”. Isso é importante notar porque implica que ser uma testemunha do Filho está relacionado a estar com Ele “no princípio”, estabelecendo assim que o Espírito Santo, como os Apóstolos, está com o Filho desde o princípio, implicando assim que tudo o que foi discutido acima refere-se não apenas à manifestação temporal da Trindade no tempo, mas também à manifestação eterna da vida intratrinitária.
Com tudo isso em mente, vamos passar para alguns textos mais classicamente polêmicos e examinar como eles se encaixam no quadro bíblico que construímos acima:
“Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio, e, tendo dito isso, soprou sobre eles e lhes disse: Recebei o Espírito Santo. Se vós perdoardes os pecados de alguém, eles serão perdoados; se vós retiverdes os pecados de alguém, eles serão retidos” (João 20:21-23).Embora haja muito a ser dito sobre essa passagem que trata especificamente do sacerdócio da Nova Aliança e dos sacramentos (algo que já explorei antes), o que queremos saber dessa passagem é mais amplo: Por que exatamente os apóstolos recebem o Espírito do Filho, e o que isso, em geral, os capacita a fazer? Ambas as questões são esclarecidas à luz do que São João diz sobre o Espírito no início de seu Evangelho:
“E quem acredita em mim beba. Como diz a Escritura: Do coração do crente fluirão rios de água viva. Agora ele disse isso sobre o Espírito, que os crentes nele deveriam receber; pois ainda não havia o Espírito, porque Jesus ainda não havia sido glorificado” (João 7:38-39).
“Então ele me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, procedendo do trono de Deus e do Cordeiro”. (Apocalipse 22:1)
Mas vós não estais na carne; mas sim no Espírito, pois o Espírito de Deus habita em vós. Quem não tem o Espírito de Cristo não lhe pertence. Mas se Cristo está em vós, embora o corpo esteja morto por causa do pecado, o Espírito é vida por causa da justiça. Se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos vivificará também os vossos corpos mortais pelo seu Espírito que habita em vós […] Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Pois vós não recebestes um espírito de escravidão para cair no medo, mas recebestes o espírito de adoção. Quando clamamos: “Abba! Pai!" é esse mesmo Espírito testificando com o nosso espírito que somos filhos de Deus, e se filhos, então herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, se, de fato, sofremos com ele para que também sejamos glorificados com ele. (Romanos 8:9-11, 14-17)
Como expliquei antes, se quisermos entender o que São Paulo está dizendo aqui, temos que entender a teologia bíblica da adoção. Na Bíblia, se você é adotado em uma família, então você é genealogicamente idêntico àqueles que nasceram nessa família. Esta é a razão pela qual o próprio Jesus recebe o trono de seu pai Davi através de sua adoção por São José.
Assim, o que São Paulo quer dizer ao receber “o Espírito de adoção” é o seguinte: porque fomos adotados na família da Santíssima Trindade, nos tornamos verdadeiramente “co-herdeiros com Cristo” da herança do Pai, e como isso acontece é incrivelmente importante: Através do Espírito. O Espírito Santo é referido como “o Espírito de Cristo” e “o Espírito do Filho” precisamente porque Ele é a Pessoa pela qual o Pai está eternamente unido ao Filho no amor, por isso também nós somos incorporados ao amor que o Pai tem para Seu Filho através desse mesmo Espírito. Assim, porque fomos adotados nesta família eterna de Pai, Filho e Espírito Santo, tornando-nos co-herdeiros com o próprio Filho; isso significa que nós, pela graça, temos a mesma relação com o Pai e o Espírito que o Filho tem por natureza. Assim como o Pai ama o Filho dando-Lhe o Espírito desde toda a eternidade, assim também o Pai nos ama, Seus filhos adotivos, dando-nos esse mesmo Espírito em nossas vidas terrenas; e assim como o Filho retribui eternamente seu amor ao Pai pelo Espírito, também nós retribuímos nosso amor a Deus pelo Espírito, como diz o sacerdote em cada liturgia: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus o Pai, e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós”.
Acredito que uma das ilustrações mais claras desse ponto está na história da Teofania, na qual proclamamos liturgicamente que “a Trindade se manifestou”. São Lucas nos diz:
Quando todas as pessoas estavam sendo batizadas, Jesus também foi batizado. E enquanto ele orava, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea como uma pomba. E uma voz veio do céu: 'Tu és meu Filho, a quem amo' (Lucas 3:21-22)
Estabelecemos acima que o relacionamento eterno entre o Filho e o Espírito é aquele em que o Pai dá o Espírito ao Filho, e este é o próprio ato pelo qual Ele ama o Filho (assim como o Pai nos ama ao nos dar este mesmo Espírito, tornando-nos assim co-herdeiros com Cristo). Aqui, vemos uma manifestação concreta dessa realidade eterna: o Pai envia Seu Espírito Santo sobre Jesus, declarando que “Tu és meu Filho, a quem eu amo”.
E assim como o Filho retribui eternamente Seu amor pelo Pai pelo Espírito Santo, também Ele fez isso no tempo. São Paulo diz que o que significa ser um filho de Deus “no Espírito” é que o Espírito Santo habita em nós, e que todos os que são “guiados pelo Espírito” são filhos de Deus; isso corresponde diretamente a como Cristo é descrito em Lucas 4:1-18, onde, depois de receber o Espírito do Pai, Ele é “cheio do Espírito Santo”, ou seja, o Espírito habita nele, e Ele “é guiado pelo Espírito, no poder do Espírito”. É por isso que São Paulo diz a frase que seria debatida durante séculos: “Quem não tem o Espírito de Cristo não lhe pertence”, porque, como acabamos de dizer, não só o Espírito habita dentro de Cristo, mas foi pelo Espírito que o Filho foi conduzido durante o seu ministério terreno, precisamente porque, assim como o Pai mostra o seu amor pelo Filho enviando-lhe o Espírito, também o Filho retribui este amor pelo mesmo Espírito, obedientemente seguindo o comando de Seu Pai, até a Cruz. E é essa reciprocidade de amor pelo Espírito que é o sentido em que se diz que o Espírito eternamente “flui” ou “procede” do Filho, que é o princípio eterno que O capacita a nos enviar o Espírito no tempo, algo que corresponde a como o Espírito flui temporalmente de nós quando retribuímos nosso amor ao Pai pelo Espírito, que acredito ser a base bíblica para a famosa frase de São Serafim de Sarov, “adquira o Espírito de paz, e milhares ao seu redor serão salvos”.
Termino este artigo com as palavras de São Gregório Palamas (que é venerado como santo nos ritos orientais da Igreja Romana), que resumiu mais claramente o ensinamento ortodoxo sobre a processão do Espírito Santo:
[O] Espírito do Verbo supremo é como um amor inefável do Criador para com o próprio Verbo inefavelmente gerado. O amado Verbo e Filho do Pai também experimenta este amor para com o Gerador, mas o faz na medida em que possui este amor como procedente do Pai junto com ele e repousando co-naturalmente nele. Do Verbo que manteve unidade conosco através da carne, aprendemos também o nome do modo distinto do Espírito de vir a ser do Pai, e que o Espírito pertence não apenas ao Pai, mas também ao Filho. Pois ele diz: “O Espírito da verdade, que procede do Pai”, para que reconheçamos não apenas um Verbo, mas também um Espírito do Pai, que não é gerado, mas procede, mas também pertence ao Filho, que o possui do Pai como Espírito de verdade, sabedoria e palavra. Pois a verdade e a sabedoria constituem uma palavra apropriada ao Gerador, uma Palavra que se alegra com o Pai que se alegra nele, segundo o que ele disse por meio de Salomão: “Eu era aquele [isto é, a Sabedoria] que se alegrava com ele”. Ele não disse “alegrar-se”, mas “regozijar-se com”, pois essa alegria pré-eterna do Pai e do Filho é o Espírito Santo, pois é comum a eles pela intimidade mútua. Portanto, ele é enviado aos dignos de ambos, mas em seu vir a ser [causação de existência], ele pertence somente ao Pai e, portanto, também procede dele somente em sua maneira de vir a ser. (São Gregório Palamas, Os 150 Capítulos)
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