O que é o Evangelho?


A palavra Evangelho é usada o tempo todo na mídia, por religiosos e até como um gênero musical (gospel). Mas o que é o Evangelho?

O Evangelho é a boa notícia de que:
I. Jesus é o Messias.
II. Cristo ressuscitou!
III. Podemos ser salvos.

Então o que isso quer dizer?

I. Jesus é o Messias.

É evidente para qualquer um que esteja acordado hoje em dia que há algo errado com o mundo. Claro, não é apenas o mundo que tem algo de errado com ele, mas como Alexander Solzhenitsyn disse uma vez: “A linha que separa o bem e o mal não passa por estados, nem entre classes, nem entre partidos políticos, mas sim através de cada coração humano, e através de todos os corações humanos.” Todo ser humano tem o mal em seu coração, quer o veja ou não, e esse mal o separa de Deus, seu Criador (Rm 3:23; 1 Jo 1:10). Isto é o que é o pecado.

A palavra pecado significa “errar o alvo”. O pecado, portanto, não é apenas a separação de Deus, mas também o fracasso em viver de acordo com o pleno potencial do que Deus nos criou para ser, seres criados cheios da energia incriada do próprio Deus, em comunhão íntima com nosso Criador, unidos a Ele em corpo e alma (Ef 4:13).

Jesus, que é o Filho eterno de Deus que se tornou um ser humano, assim como qualquer um de nós, é, portanto, nosso Messias (“Cristo”, “ungido”) porque Ele veio à Terra para nos salvar da separação do pecado e do poder da morte. Porque Ele é Deus e homem, Ele media dentro de Si mesmo a lacuna que se formou por causa do pecado. Sua vinda foi predita nas antigas escrituras hebraicas (o Velho Testamento), e quando Ele veio há cerca de 2.000 anos, a história mudou para sempre.

II. Cristo ressuscitou!

O maior momento da história do mundo foi a Ressurreição de Jesus Cristo. Levando até esse momento foi Seu nascimento da Virgem Maria pela vontade de Deus Pai e pelo poder de Deus Espírito Santo (Lc 1:35). Ele cresceu como um de nós, viveu, reuniu Seus discípulos ao seu redor, curou os enfermos e ensinou sobre o Reino de Deus.

Os momentos decisivos da vida de Jesus na Terra foram Seu sofrimento e morte na cruz, seguidos por Sua milagrosa ressurreição corporal dentre os mortos. Embora pessoas tenham ressuscitado antes na história da obra de Deus com a humanidade, Jesus foi o primeiro a ressuscitar a Si mesmo dentre os mortos, mostrando que Ele é Deus (Jo 2:19).

Porque Jesus é totalmente Deus, Ele tem o poder não apenas de perdoar pecados e restaurar a humanidade à impecabilidade, mas também de transformar as pessoas humanas para que cresçam à semelhança do próprio Deus. E porque Jesus é totalmente homem, Sua divindade preencheu Sua humanidade e tornou possível a restauração e divinização (ser preenchido e mudado pela presença de Deus) de todos os aspectos do que significa ser humano.

Afirmar que Cristo ressuscitou é testemunhar e experimentar esta realidade, que os pecadores podem ser unidos a Cristo e curados de nossas feridas espirituais, libertados do poder da morte e da separação de Deus (Hb 2:14).

III. Podemos ser salvos.

Na maioria das vezes, quando as pessoas falam sobre serem “salvas”, elas só têm em mente se irão para o Céu quando morrerem. Mas a salvação em Cristo é muito mais. Por causa de quem Jesus Cristo é, tanto Deus quanto homem, Ele tornou possível o caminho para nos tornarmos como Ele é (Ef 4:13; 1 Jo 3:2). Podemos nos tornar por Sua graça o que Ele mesmo é por natureza. Ou seja, podemos nos tornar seres humanos cheios da presença divina. Nós, que somos feitos à imagem de Deus, também podemos assumir Sua semelhança, mostrando a presença de Deus ao mundo inteiro em nossa própria presença.

Este processo requer participação na vida de Jesus Cristo (1 Cor 1:18), arrependimento dos pecados (voltar e mudar de vida), ser batizado em Sua morte e ressurreição (Col 2:12), seguido por ser ungido com o dom do Espírito Santo (crisma/confirmação, At 2:38), e então a participação de Seu Corpo e Sangue na Eucaristia (Jo 6:53-56). Essa experiência mística, sacramental e vitalícia do próprio Deus gradualmente transforma os seres humanos imperfeitos em filhos e filhas divinizados e cheios de graça de Deus.

O processo de salvação envolve uma vida inteira de luta contra nossas tendências pecaminosas, uma dedicação séria para deixar de lado o “velho homem” e se revestir do “novo” (2 Cor 5:17). Ao fazer isso, os pecadores gradualmente se transformam em santos, o chamado elevado de todo homem, mulher e criança na Terra.

E a Igreja?

Quando Jesus veio à Terra, Ele fundou uma comunidade viva para ser Seu Corpo do qual Ele é a Cabeça. Essa comunidade, chamada Igreja, começou no dia de Pentecostes em Jerusalém, logo se espalhou por todo o Império Romano, centrada nas antigas cidades de Roma, Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalém e depois além das fronteiras imperiais.

Com o tempo, conforme surgiram as heresias (falsos ensinos), vários grupos se separaram daquela primeira comunidade de cristãos. Aquela comunidade originária permanece, porém, transmitindo a fé e a experiência transmitida por Cristo aos seus Apóstolos de uma geração a outra, sem somar ou subtrair nada.

Essa comunidade cristã original é a Igreja Cristã Ortodoxa (às vezes chamada de “Ortodoxa Oriental” ou “Ortodoxa Grega”). Você está convidado a vir e ver, provar e experimentar o Evangelho de Jesus Cristo em sua comunidade ortodoxa local. Venha passar alguns domingos conosco e experimente como o Deus-homem Jesus Cristo quer transformar você.

Fonte: Pe. Andrew Damick em seu podcast “Roads from Emmaeus” na Ancient Faith Radio.

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